segunda-feira, 25 de maio de 2015

BRT é o maior legado da Copa para Pernambuco, diz pesquisa da UFPE

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BRT Via Livre
Ônibus do Sistema de BRT de Recife e Região denominado ViaLivre. Pesquisa de universidade Mostra that transporte coletivo foi o Maior legado da Copa do Pará Pernambuco.
BRT é o maior legado da Copa para Pernambuco diz Universidade
Obras que não foram concluídas tem como fatores erros de gestão e questões eleitoreiras
ADAMO BAZANI – CBN
Pesquisa qualitativa realizada por professores do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco em parceria com a empresa Valencia & Associados, de consultoria, revela que o maior legado da Copa do Mundo para a Região Metropolitana de Recife foi o BRT – Bus Rapid Transit, sistema de corredores de trânsito rápido para ônibus.
Vale ressaltar, entretanto, que a obra registrou atrasos e estações que não foram inauguradas. O prazo prometido para que o sistema estivesse plenamente funcionando era 2015. Agora passou para 2017. Mesmo assim, os resultados dos trechos em operação são vistos de maneira positiva pelos especialistas da Universidade e externos que participaram.
Foram ouvidos 24 estudiosos e técnicos em diversas áreas, como finanças públicas, política, mobilidade urbana, engenharia e urbanismo que responderam aos questionamentos elaborados pelos professores.
O argumento principal está na relação custo/benefício que um corredor de BRT apresenta. Os sistemas podem atender uma demanda significativa de passageiros gastando menos recursos públicos em comparação com outros modais que transportam apenas uma pequena quantidade de pessoas a mais.
Além disso, para os especialistas, o BRT é o tipo de obra que mesmo sendo impulsionada pela Copa do Mundo, beneficia a população no dia a dia e não se esgota depois do evento esportivo.
No Brasil, no entanto, pouco mais de 25% das obras de mobilidade previstas para serem entregues até o mundial foram de fato plenamente finalizados. Entre as obras não concluídas de forma integral está o sistema Via Livre, da região.
Outras intervenções em Recife que os técnicos e acadêmicos consideram como legados positivos são a passarela entre o Aeroporto Internacional em Recife e a estação Aeroporto da linha Sul do Metrô e o terminal marítimo de passageiros, no Bairro do Recife. Ou seja, os outros dois legados também se referem à mobilidade urbana.
Ainda de acordo com os especialistas, o Brasil tem aproveitado muito pouco o transporte de passageiros por embarcações com vistas à mobilidade urbana.
Segundo a universidade, o objetivo do diagnóstico dos especialistas é olhar para o futuro, analisando em que as obras já foram úteis e quais pontos precisam ser melhorados para garantir qualidade de serviços e bom aproveitamento de recursos de impostos.
Entre as propostas está aumentar a fiscalização nos espaços destinados a ônibus para evitar invasão de outros veículos, o que tira a eficiência dos transportes coletivos. Além disso, os especialistas ouvidos propõem a modernização com o tempo da gestão operacional dos ônibus para que a solução do BRT sempre esteja em dia com as mudanças das necessidades da população.
Ainda há espaços do BRT onde os passageiros dos ônibus não contam com vias exclusivas e os veículos de transporte coletivo ficam presos no trânsito.
O mau uso dos recursos públicos, erros de administração e rivalidades políticas são fatores apontados como causas das obras que não ficaram prontas ou que agora não são aproveitadas plenamente pela população. Problemas com a gestão das desapropriações para estas intervenções urbanas também foram classificados como graves.
Os resultados vão ser enviados pela Universidade à Secretaria das Cidades e ao Governo do Estado.

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