quarta-feira, 31 de julho de 2013

Dilma Rousseff anuncia R$ 8 bilhões para o PAC São Paulo

O pacote de obras inclui os setores de transporte público, habitação e contra enchentes. Serão construídos 99 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus na cidade.
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio de investimentos do PAC Mobilidade Urbana, Drenagem e Recuperação de Mananciais, em SP. Foto: 31.07.2013/Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (31) investimentos de R$ 8 bilhões para obras em São Paulo. O montante faz parte do PAC Mobilidade Urbana, Drenagem e Recuperação de Mananciais e integra os R$ 50 bilhões anunciados pelo governo federal no final de junho, após as manifestações que ocorreram em todo o país, para a melhoria do transporte público urbano.
“É justo que a primeira cidade a receber seja São Paulo. É aqui que está concentrado o maior desafio do Brasil”, disse Dilma Rousseff que citou Rio de Janeiro e Belo Horizonte como as próximas cidades a receberem investimentos.
Para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), esse é “talvez o maior pacote de investimentos do governo federal em São Paulo”.
A presidenta explicou que três áreas serão contempladas: a mobilidade urbana, com R$ 3 bilhões; as obras de drenagem, R$ 1,4 bilhão; e na recuperação de mananciais, R$ 2,2 bilhões. Durante as obras, 20 mil famílias serão realocadas para casas do programa Minha Casa Minha Vida, que contabiliza R$ 1,5 bilhão.
Os R$ 3 bilhões anunciados para a mobilidade serão investidos na construção de 99 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus e terminais de passageiros. Atualmente, existem 126 quilômetros na cidade.
Conforme a presidenta, as obras terão início a partir de amanhã e o resultado delas fará com que o transporte de superfície “flua” e reduza o tempo de deslocamento. “O tempo para as pessoas é sinônimo de vida. Tempo é vida.”
Além dos corredores exclusivos, Dilma afirmou que o governo está empenhado em investir em metrôs, Veículo Leve Sobre Trilhos (VLTs) e outras sistemas de transporte urbano compatíveis com a população. “Temos a maior cidade do mundo com o menor sistema metroviário do mundo. Vamos enfrentar esse desafio. Sabemos que em São Paulo vivem 11 milhões de pessoas e que 55% usam o transporte coletivo.”
Segundo o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), essa medida irá solucionar um problema na tarifa. “Quando o ônibus não anda [por conta de congestionamento] há um aumento no preço da tarifa.” De acordo com ele, o Índice de Passageiro por Quilômetro (IPK) tem um impacto na tarifa em cerca de 30% do valor. O IPK é uma forma de medir os custos das empresas e mostra quantos passageiros por quilômetro rodado os veículos transportam.
“Mobilidade urbana é devolver tempo para as pessoas, é permitir que as pessoas passem tempo com as suas famílias, estudem e ganhem vida.”
Agência T1, Por Bruna Yunes

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