quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Em dez anos de liberdade tarifária, passagens nunca estiveram tão baratas, diz Anac


Foto: Reprodução
O passageiro está pagando cada vez menos para voar. É o que garante a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) após dez anos de implantação do regime de liberdade tarifária. De acordo com dados divulgados pela agência na quarta-feira (21), os valores das tarifas tiveram uma redução de 43% desde 2002, triplicando a quantidade de passageiros, a procura por passagens cresceu quase 200%.
O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, justificou essa redução ao fato de que, em 2002, o governo desregulou o preço e passou a regular o operacional, aumentando a competitividade entre as empresas de aviação civil e proporcionando menores tarifas.
O preço das passagens passou a oscilar de acordo com as condições de mercado, mas a concorrência pressiona para a redução de preços. Agora que voar se tornou uma atividade mais acessível, Guaranys afirmou que o principal desafio é garantir a qualidade do serviço.
Tarifas
As tarifas são diferenciadas de acordo com a classe tarifária, possibilitando que as empresas aéreas atendam os mais diversos interesses da sociedade. Caso as passagens sejam compradas com antecedência e haja flexibilidade de horários, maiores são as chances de terem um valor mais baixo.
A superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, Danielle Crema, disse que o fato do brasileiro estar ganhando mais também contribuiu para o aumento da oferta e demanda de voos no país.
De acordo com Anac, atualmente 16% das passagens são tarifadas abaixo de R$100 e 65% são ofertadas em menos de R$300, em 2002 não existia nenhuma passagem abaixo desse valor e apenas 27% dos assentos eram ofertados a menos de R$300.
Crema justificou o porquê de passagens compradas com antecedência serem mais acessíveis. De acordo com ela, “tempo é uma variável sensível para a aquisição de um contrato aéreo e quando a passagem é adquirida com antecedência, confere à empresa maior previsibilidade da receita e permite a que ela trabalhe com o mecanismo de gerenciamento de receita”.
O consultor técnico da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Adalberto Febeliano, explicou que os preços são estabelecidos a partir de um controle de estoque de assentos que toda empresa aérea tem, a partir de um sistema central, que também possui um banco de dados e descreve o comportamento de compra dos consumidores.
“A alocação de tarifas aos assentos disponíveis é feita com base na relação entre a probabilidade de venda a um preço maior e a demanda. Isso significa que voos em dias e horários disputados dificilmente poderão ser adquiridos por uma tarifa abaixo de R$100, mesmo que comprada com antecedência.” Conforme o consultor, essa diferença de preços proposta pelas classes tarifárias é que permite ao setor poder realizar promoções.
Agência T1, Por Danielle Sousa
Edição: Bruna Yunes

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