terça-feira, 26 de novembro de 2013

Condições de trabalho dos motoristas de transporte de carga são discutidas em seminário

Foto: Ribamar Júnior / Pró Empresa
As condições de trabalho dos motoristas de transporte de carga foram discutidas na última sexta-feira (22), durante o I Seminário Nacional de Transporte de Carga, em São Paulo. Entre os pontos debatidos, destacou-se o tempo de parada obrigatória estabelecida pela Lei 12.619/12, a Lei do Motorista.
O diretor executivo da Agência T1 e ex-secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, José Augusto Valente, defendeu a lei ao afirmar que o governo quis trabalhar nos pontos mais cruciais do transporte rodoviário de carga e que conseguiu dar os encaminhamentos necessários para uma vida de trabalho digna para os motoristas.
Valente criticou as longas jornadas enfrentadas pelos caminhoneiros e se mostrou favorável aos tempos de parada de 30 minutos a cada quatro horas de direção e o descanso diário de 11 horas. De acordo com ele, as críticas com relação aos limites estabelecidos partem daqueles que visam apenas o lucro.
“Não devemos cair na cantoria dos embarcadores de que o tempo de descanso prejudica o negócio. Prejudica o lucro, não o negócio, porque os trabalhadores devem ter condições dignas. Essa questão deve ser atacada e é o que vai permitir que o frete seja melhor, porque mais caminhoneiros estarão na ativa.”
Qualidade das rodovias
O especialista também aproveitou a ocasião para defender a qualidade das rodovias brasileiras e repreendeu a forma como a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) é feita, pois, de acordo com ele, não avalia a situação real dessas rodovias.
Ele acredita que a avaliação é muito rígida e não leva em consideração os volumes de tráfego para julgar a questão de investimento. Além disso, nem sempre uma rodovia em qualidade excelente significa segurança. “Quanto melhores as rodovias, mais perigosas se tornam, por conta do excesso de velocidade, da imprudência sistemática e cultural dos motoristas brasileiros, aliados ao reduzido nível de penalização das infrações na malha rodoviária.”
Saiba Mais:
Agência T1, Por Danielle Sousa
Edição: Bruna Yunes

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