quarta-feira, 17 de maio de 2017

Vereadores votam hoje projeto de lei que deve estimular biodiesel nos ônibus de São Paulo


17/05/2017  - Diário do Transporte
ADAMO BAZANI
Do sítio da ANTP
Os vereadores da capital paulista realizam nesta quarta-feira, 17 de maio de 2017, a primeira votação do projeto de lei do vereador Milton Leite que altera os artigos 50 e 51 da chamada lei de mudanças climáticas e propõe estímulos a uma frota de ônibus movido a biodiesel na cidade de São Paulo.
De acordo com agenda da Câmara Municipal, o projeto será apreciado na 19ª sessão extraordinária da casa às 15h.
Veja a pauta:
O projeto do vereador foi divulgado na íntegra em primeira mão pelo Diário do Transporte (antes só havia citações) e divide opiniões.
De acordo com a proposta, já em 2018, todos os ônibus deverão ser abastecidos com a mistura B 20, ou seja, 20% de biodiesel ao diesel convencional. Já em 2020, todos os ônibus deverão operar com B100 – 100% de biodiesel.
Ainda em 2018, pelo projeto, metade da frota de ônibus em São Paulo já terá de ser de tecnologia Euro 5, com base nas atuais normas de restrição à poluição para veículos a diesel, que entrou em vigor em 2013. A tecnologia anterior, Euro 3, deverá desaparecer em 2021.
O projeto também quer que a partir de 2022, ao menos 10% da frota de ônibus já tenham tecnologia Euro 6, que é mais evoluída que a atual Euro 5. No entanto, este padrão que já é usado na Europa, por exemplo, ainda não está presente na produção de ônibus e caminhões brasileiros.
Já em relação aos ônibus elétricos, a substituição deve começar apenas em 2023 pela proposta de Milton Leite, com a inserção 75 veículos. A intenção é que haja um mínimo de 1500 ônibus elétricos (à bateria ou trólebus) a partir de 2037. Relembre a matéria:
Também nesta quarta-feira, representantes da ABVE –  Associação Brasileira do Veículo Elétrico se reúne com vereadores da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia da Câmara.
A entidade, que reúne fabricantes de ônibus elétricos e híbridos, como Eletra, BYD e Volvo, deve apresentar uma proposta de cronograma para a implantação de ônibus elétricos para os próximos 10 anos.
Creio que se trata de um “chute” grosseiro e carente de responsabilidade, que implica risco à sociedade; trata-se também de uma dose cavalar de ousadia do proponente de origem, seja ele quem for, e do Vereador que assina o projeto – todos leigos nesse assunto e mal orientados. Estabelecer aleatoriamente exclusividade para determinadas tecnologias, em detrimento de outras, sem ter a visão sobre as possibilidades de desenvolvimento de uma grande diversidade de tecnologias alternativas energéticas e tecnológicas para os próximos 20 anos, parece, na verdade, uma nova brincadeira de mau gosto, para quem conhece a história das fracassadas propostas anteriores de mudança na matriz energética dos transportes coletivos do Município de São Paulo, que não vingaram em seus propósitos e provocaram danos irreparáveis a empresas operadoras e à sociedade. A proposta  chega até ao absurdo de determinar a adoção da tecnologia de motores convencionais a diesel Euro 6, como você bem lembra, que ainda não é uma realidade no Brasil e que ainda não tem previsão regulatória para tal! – Relembre na íntegra: https://diariodotransporte.com.br/2017/05/11/entrevista-exclusiva-para-especialista-pl-que-defende-substituicao-de-frota-atual-por-onibus-a-biodiesel-nao-representa-avanco-ambiental/

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