quinta-feira, 9 de março de 2017

Mobilidade Urbana pode salvar futuras gerações: Poluição mata 1,7 milhão de crianças por ano no Mundo

onibusOMS indica que modelo de Curitiba e região deve ser seguido.

No Brasil, a taxa é de 41 mortes de crianças com menos de cinco anos para cada 100 mil nascimentos, segundo OMS
ADAMO BAZANI
Diário do Transporte
A poluição do ar tem comprometido as futuras gerações, agora.
É o que mostram dois estudos da Organização Mundial da Saúde – OMS, divulgados nesta semana.
De acordo com os levantamentos, 1,7 milhão de crianças em todo o mundo morrem por ano, em média, por problemas ocasionados ou agravados pela poluição. No total, morreram 5,2 milhões de crianças por diversas causas.
No Brasil, ainda de acordo com a OMS, os números são altos. Morrem, em média, 41 crianças a cada 100 mil habitantes por causa da poluição.
Entre as causas, estão a falta de saneamento básico, descarte irregular do lixo, que contamina solo e água, e a poluição do ar, em especial provocada pelo excesso de veículos automotores.
Denominados “Herdando um mundo sustentável: Atlas sobre a saúde das crianças e o meio ambiente” e “Não polua o meu futuro! O impacto do meio ambiente na saúde das crianças”, os levantamentos mostram que as doenças mais comuns de causa de morte são respiratórias, como pneumonia, que responderam por 15,5% das mortes de crianças até 5 anos de idade em 2015. São cerca de 570 mil crianças mortas por problemas respiratórios.
Diarreia e Malária são outras das principais enfermidades relacionadas à poluição.
MOBILIDADE URBANA:
Os investimentos em mobilidade urbana, ampliando a oferta de transporte coletivo, são considerados pela OMS essenciais para a preservação das futuras gerações.
Corredores de ônibus, implantação de ônibus não poluentes, como trólebus e elétricos a bateria, e ampliação das malhas de trens pesados e metrô, estão entre as soluções.
O relatório da OMS, “Não polua o meu futuro! O impacto do meio ambiente na saúde das crianças”, cita como exemplo a ser seguido no Brasil, Curitiba.
A capital paranaense, desde 1974, investiu em transporte por ônibus em corredores. Segundo o relatório, isso trouxe um impacto positivo para vida humana e meio ambiente.
“Apesar da população de Curitiba ter quintuplicado nos últimos 50 anos, a qualidade do ar em Curitiba é melhor do que em muitas outras cidades com crescimento rápido”, mostra parte do trabalho da OMS, que ainda diz que os índices da capital paranaense são próximos aos níveis indicados pelo órgão.
Numa PMI – Proposição de Manifestação de Interesse da iniciativa privada, feito pela prefeitura, a proposta aprovada prevê a ampliação dos BRTs (corredores de ônibus) com veículos menos poluentes.
Denominado de CIVI – City Vehicle Interconnect, o projeto deve contar com ônibus híbridos e, posteriormente, elétricos puros, e é de iniciativa de um consórcio formado pela Associação Metrocard, que reúne as empresas de ônibus da região metropolitana de Curitiba, da Nórdica, representante da montadora Volvo, e da construtora Cesbe S.A. – Engenharia e Empreendimentos.

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