terça-feira, 18 de novembro de 2014

Metade dos corredores de ônibus da meta da prefeitura terá obras iniciadas em março

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ônibus superarticulado
Ônibus superaticulado no Terminal Parque Dom Pedro II. Metade do plano de corredores da meta da prefeitura de São Paulo até 2016 deve ter as obras iniciadas em março do ano que vem. BRTs são mais indicados para ônibus de grande porte. Foto: Adamo Bazani
Com abertura de consulta de licitação, metade do plano de corredores de ônibus deve ter obras iniciadas em março
As obras devem custar R$ 1,2 bilhão e serão financiadas com recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
ADAMO BAZANI – CBN
A partir de março de 2015 devem ter início as obras de corredores exclusivos para trânsito rápido de ônibus – BRT em vias como Avenida 23 de maio, Avenida dos Bandeirantes, Avenida Senador Teotônio Vilela, Avenida Atlântica, Avenida Salim Farah Maluf, Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Radial Leste, além de vias do extremo leste da cidade.
A estimativa é da própria prefeitura de São Paulo que abriu para consulta pública a licitação de quatro lotes de obras que, somados, têm o valor de R$ 1,2 bilhão.
Este total deve representar 48% do total de corredores que ainda faltam ser construídos para que a administração alcance a meta de 150 espaços exclusivos de maior velocidade para o transporte coletivo sobre pneus até 2016.
Os quatro lotes totalizam aproximadamente 60 quilômetros de corredores de ônibus e vão contar com financiamentos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal.
Já estão sendo construídos 38 quilômetros de corredores de ônibus na cidade de São Paulo de lotes cujas licitações já foram concluídas em 2012, na gestão do prefeito anterior Gilberto Kassab. Entre estas intervenções estão o corredor da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini e a reforma do corredor da Avenida Inajar de Sousa.
As vias que tiveram a consulta pública aberta faziam parte dos 126 quilômetros de corredores que seriam licitados no final do ano passado divididos em dez lotes, mas cuja concorrência foi barrada pelo TCM – Tribunal de Contas do Município.
O presidente do TCM, Edson Simões, impediu a licitaçao dos dez lotes, que somavam R$ 4,4 bilhões, alegando que a prefeitura de São Paulo não tinha como comprovar os recursos das obras.
Os dez lotes então foram desfeitos e a prefeitura começou a fazer licitações em grupos menores já contando com as verbas do PAC.
Para o corredor BRT Perimetral – Bandeirantes – Salim Farah Maluf, de 16 quilômetros de extensão, foram liberados R$ 487 milhões. Já para o BRT Itaim Paulista – São Mateus, serão R$ 529 milhões.
Por se tratarem de BRTs (Bus Rapid Transit), as estruturas serão diferentes da maior parte dos 121 quilômetros de corredores atualmente em São Paulo, que, com exceção do Expresso Tiradentes, se limitam a ser faixas à esquerda da vida.
Os corredores devem ter estações cobertas dotadas de painéis eletrônicos que informam a previsão de chegada dos ônibus, sistema de pré-embarque, como no metrô, pelo qual o passageiro paga na estação antes de entrar no veículo, e áreas para ultrapassagem com o objetivo de evitar longas filas de ônibus nas imediações das paradas.
Por serem espaços exclusivos, estas vias serão indicadas para o tráfego de ônibus de grande porte e maior capacidade de transporte, como articulados, superarticulados e biarticulados.

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