segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Governo avança na entrega de máquinas e equipamentos para municípios

"Todo esse esforço significa um investimento de R$ 5 bilhões do meu governo, mas significa muito mais para cada prefeitura, porque estamos dando autonomia para elas enfrentarem seus problemas diários"

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versão nacional
No Café com a Presidenta de hoje, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre a entrega de máquinas e equipamentos para os municípios com menos de 50 mil habitantes ou em situação de emergência por causa da seca. No total, o governo já entregou mais de 7.600 máquinas em todo país. Só de retroescavadeiras, o governo já distribuiu mais de 4.500. Além de cuidar das estradas vicinais, com essas máquinas, os prefeitos podem fazer pequenas obras de saneamento e outros serviços importantes para a população de seus municípios.

Transcrição

Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café hoje!

Apresentador: Presidenta, hoje, eu queria falar sobre a entrega de equipamentos para as prefeituras, que estão melhorando em muito a vida nos pequenos municípios do nosso país. Essas entregas não param, não é mesmo, presidenta?

Presidenta: É verdade, Luciano. Eu tenho viajado por todo o Brasil para entregar essas máquinas para os municípios com até 50 mil habitantes e para os municípios em situação de emergência por causa da seca. Veja, Luciano, são 5.061 municípios de todo o Brasil recebendo um kit de máquinas. E esse kit tem: uma retroescavadeira, uma motoniveladora, que o pessoal chama também de patrol, e um caminhão-caçamba. Para aqueles municípios em situação de emergência, que são municípios do semiárido, além dessas máquinas, nós também estamos doando, Luciano, mais um caminhão-pipa e uma pá-carregadeira.

Apresentador: Que benefícios essas máquinas trazem à população, presidenta?

Presidenta: Olha, Luciano, trazem muitos benefícios mesmo. Essas máquinas estão ajudando a melhorar a vida nas pequenas cidades do nosso país, porque elas dão condições aos prefeitos de cuidar, sobretudo das estradas vicinais, por onde passam pessoas, passa produção agrícola, as ambulâncias do Samu e os ônibus escolares. Elas também permitem que os prefeitos possam fazer pequenas obras de saneamento, como abertura de bueiros, a colocação de tubulações, a construção de barreiros, elas removem entulhos, transportam material de construção e isso eu estou citando, Luciano, apenas alguns exemplos. As estradas vicinais, Luciano, são aquelas estradas de terra que cortam o nosso país de fora a fora. Em alguns municípios, são 500km, em outros, muito menos, mas há municípios grandes que elas chegam a mais de mil quilômetros. As máquinas, portanto, que nós estamos doando para as prefeituras, elas ajudam a abrir, ajudam a recuperar e ajudam a manter essas estradas em boas condições. E essas estradas, elas funcionam como verdadeiras veias que interligam todo esse imenso organismo que é o nosso país.

Apresentador: E quantas máquinas já foram entregues pelo governo em todo o país, presidenta?

Presidenta: Olha, Luciano, nós já entregamos mais de 7.600 máquinas para municípios de todo o Brasil. Estamos quase na metade, pois serão 18 mil máquinas até maio de 2014. Só de retroescavadeiras, que foram as primeiras máquinas que o governo começou a doar, já distribuímos mais de 4.500 no Brasil inteiro, para você ver, Luciano. Além das retroescavadeiras, nós já entregamos mais de 2 mil motoniveladoras e mais de 600 caminhões-caçamba. Até maio que vem, todos os municípios brasileiros com menos de 50 mil habitantes e que sejam atingidos por situação de emergência devido à seca terão recebido todas as suas máquinas, ou seja, terão esses kits de equipamentos completinhos, Luciano.

Apresentador: E como está a entrega das outras máquinas, aquelas que vão para os municípios do semiárido?

Presidenta: Olha, os 1.440 municípios do semiárido com até 50 mil habitantes e todos os municípios em situação de emergência são a nossa prioridade na distribuição dessas máquinas. Todos eles já receberam a retroescavadeira e a motoniveladora, a patrol, 583 receberam também o caminhão-caçamba. Além dessas máquinas, 245 municípios já receberam a pá carregadeira e 238 receberam o caminhão-pipa. Veja como essa distribuição está avançada no Nordeste e, especificamente, no semiárido.

Apresentador: E as máquinas passam a ser da prefeitura daquela cidade?

Presidenta: É isso mesmo, Luciano. Nós doamos a máquina de papel passado para o município. O prefeito não tem que pagar nenhum centavo por ela. Todas as máquinas, Luciano, são novas, dos melhores modelos, saídas da fábrica direto para a prefeitura. Cada kit de máquina custa, no mercado, entre R$ 1 milhão, quando o kit abrange três máquinas, e até R$ 1,6 milhão, quando o kit inclui, além disso, um caminhão-pipa e uma pá carregadeira. Uma prefeitura de cidade pequena, Luciano, teria muita dificuldade para fazer a compra com o seu orçamento. É por isso que o governo federal está fazendo estas doações. Está incluído também, o que é muito importante, um curso para quem vai operar cada uma das máquinas. Todo esse esforço, Luciano, significa um investimento de R$ 5 bilhões do meu governo, mas significa muito mais para cada prefeitura, porque estamos dando autonomia para elas enfrentarem, as prefeituras de nosso país, os seus problemas diários.

Apresentador: Para os municípios que estão em situação de emergência por causa da seca, essa ajuda das máquinas é ainda mais importante, não é mesmo?

Presidenta: É sim, Luciano. Essas máquinas ajudam a criar condições para melhorar a convivência com a seca e aumentar a oferta de água durante uma estiagem prolongada, como essa que o semiárido está vivendo agora, Luciano. Em muitas cidades, enquanto a pá carregadeira trabalha na escavação das cacimbas, o caminhão-caçamba está sendo usado para buscar o milho subsidiado da Conab e, assim, alimentando o rebanho dos pequenos agricultores da região. Já o caminhão-pipa está levando água para as pequenas propriedades, enchendo as 750 mil cisternas que estamos construindo por todo o semiárido.

Apresentador: É, presidenta, para quem produz no campo ter uma estrada em boas condições faz toda a diferença.

Presidenta: Toda a diferença do mundo. Quem mora na cidade, às vezes não lembra como é difícil se deslocar em uma estrada de terra sem manutenção. Lá no Rio Grande do Sul, por exemplo, as retroescavadeiras estão dando uma ajuda e tanto para os produtores de leite. Veja essa história lá em Serafina CorrÍa, cidade no interior do Rio Grande do Sul. A cooperativa Cooperlate compra 40 mil litros de leite por mês de 200 produtores da região. A coleta de leite, Luciano, é feita diariamente por dois caminhões. A estrada ficava muito ruim de passar quando chovia e, às vezes, eles não conseguiam nem recolher o leite em todas as propriedades. Com as máquinas, a estrada melhorou e agora os caminhões conseguem chegar a todos os lugares, mesmo debaixo de chuva forte. O Roberto Tebaldi, presidente lá da Cooperlate, contou para a gente que a retroescavadeira está fazendo toda a diferença para os produtores da região e isso que está acontecendo na Cooperlate, Luciano, está acontecendo por todo o Brasil.

Apresentador: E essas máquinas beneficiam também as crianças que vão pra a escola, não é?

Presidenta: Exatamente. Nós queremos que os moradores das cidades do interior do país tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento que têm os moradores das cidades. As crianças dessas regiões mais afastadas têm também o direito de ir pra a escola como qualquer outra criança brasileira. Uma criança que mora na zona rural e frequenta uma escola muito longe de casa ou mesmo na cidade precisa ter um transporte adequado, senão ela chega cansada, pode dormir na sala de aula e não consegue aprender direito. Lá em Minas Novas, em Minas Gerais, por exemplo, a professora Terezinha contou para a gente que o transporte escolar era um problema sério. Ela é diretora de uma escola com 380 alunos que vivem na região rural do município. Nós resolvemos a parte do transporte com a doação dos ônibus do Caminho da Escola pelo MEC, mas era difícil passar pelas estradas. Mas aí, Luciano, depois que a prefeitura de Minas Novas recebeu a retroescavadeira, a motoniveladora e o caminhão-caçamba, o problema começou a ser resolvido e a estrada melhorou bastante. Agora, lá na escola da Terezinha, os alunos conseguem chegar no horário, chegam mais dispostos, Luciano, porque foram transportados com conforto e segurança, e isso ajuda muito no aprendizado, não é, Luciano? Você sabe, eu queria te perguntar uma coisa hoje, quantos ônibus escolares nós já doamos para os municípios de todo o Brasil?

Apresentador: Quantos, presidenta?

Presidenta: Foram 13.500, Luciano. Em Minas Novas tem 14 ônibus novos doados pelo governo federal para a prefeitura.

Apresentador: Isso é muito bom, presidenta. Essas máquinas são compradas aqui no Brasil e isso também é bom para a nossa economia, não é mesmo?

Presidenta: Olha, isso é ótimo para a nossa economia, para os nossos trabalhadores e para todo o país. Como nós do governo federal, Luciano, estamos investindo R$ 5 bilhões, que eu te falei, na compra de todas essas máquinas para os pequenos municípios e aquelas em situação de emergência, nós resolvemos criar condições para que essa compra beneficie, sobretudo, o país através das chamadas margens de preferência. O que é que são as margens de preferência, Luciano? As margens de preferência são o modelo de compra governamental que prioriza, sobretudo, a produção local, feita no país. Isso não é só usado no Brasil, não, isso é usado em todos os países do mundo, inclusive nos Estados Unidos. Então, o que é que nós fizemos? Nós compramos de fábricas que tenham produção aqui no Brasil e isso estimula vários setores da nossa economia, as empresas que produzem as retroescavadeiras, as motoniveladoras, as empresas que produzem caminhão, as empresas que fazem as caçambas, as empresas que fazem as pipas. Essas fábricas estão produzindo, Luciano, com toda a sua capacidade por causa dos nossos pedidos de máquinas para os municípios. Com isso, nós geramos emprego, porque produzir mais, Luciano, exige mais mão de obra e, exigindo mais mão de obra é isso, é mais emprego na veia. Então, no fim das contas, com esse programa de doação de máquinas, nós estamos beneficiando todo o país.

Apresentador: É isso aí, presidenta. A conversa está muito boa, mas, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado, presidenta, por mais esse Café.

Presidenta: Obrigada, Luciano. E uma boa semana e um abraço a todos os nossos ouvintes!

Apresentador: E você que nos ouve pode acessar o Café com a Presidenta na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!

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