sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mais de 2,5 bilhões de passageiros serão transportados nos sistemas sobre trilhos até o fim do ano


Diariamente o setor metroferroviário transporta 8,5 milhões de passageiros. SuperVia, Metrô Rio, Metrô SP e CPTM são responsáveis pelo transporte de 90% deles.
Metrô de São Paulo. Foto: Joel Silva/Folhapress
Dados divulgados nesta quinta-feira (30) pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) revelam que mais de 2,5 bilhões de passageiros serão transportados pelo sistema metroferroviário até o fim deste ano. O número é 10% maior que o registrado em 2011, quando o sistema transportou 2,3 bilhões de passageiros, informou o 1° Balanço Metroferroviário Nacional, que compreende os números dos metrôs, trens metropolitanos, veículos leves sobre trilhos (VLT’S) e monotrilhos de todo o país.
Conforme o presidente da associação, Joubert Flores, o número de pessoas que aderem ao transporte sobre trilhos cresce anualmente, e o mesmo não ocorreu com os investimentos no setor, que teve uma discreta expansão da rede (3%). “Os sistemas sobre trilhos estão presentes em menos de 45% dos estados brasileiros. A malha cresceu muito pouco e o que cresceu, por muitas vezes, foi desordenada. Há 50 anos, 80% da população vivia no campo e hoje essa situação se inverteu.”
Diariamente o setor metroferroviário transporta 8,5 milhões de passageiros nos atuais 1.030 km de extensão, divididos em 39 linhas, 493 estações e 716 composições. SuperVia, Metrô Rio, Metrô SP e CPTM são responsáveis pelo transporte de 90% desses passageiros.
Investimentos
Mais de R$ 100 bilhões serão investidos em 60 projetos na área de transporte metroferroviário nos próximos anos. Os recursos serão provenientes do Governo Federal, Estadual e iniciativa privada, por meio do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2) e o PAC da Mobilidade Grandes e Médias Cidades.
De acordo com Joubert Flores, esses investimentos são importantes para corrigir as distorções causadas por anos de descaso no setor ferroviário, e faz um alerta: “Depois de 2022 tem que começar a reinvestir no setor, para não deixar que aconteça o que acontece hoje.”
Além dos investimentos, segundo Flores, é preciso subsídio para a energia elétrica usada pelo setor metroferroviário. “Existem subsídios para venda de carros com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na venda do diesel, agora precisamos buscar a modicidade tarifária para esse setor”, disse.
Agência T1, Por Bruna Yunes

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