terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Prefeitura de São Paulo deve lançar edital de licitação dos transportes em maio

Ônibus em corredores não terão cobradoresÔnibus em corredores não terão cobradores

Nova previsão leva em conta o prazo para elaborar o novo certame
ADAMO BAZANI
Diário do Transporte
A licitação dos transportes de São Paulo, que deveria ter sido realizada em 2013, deve começar a sair em maio.
A nova previsão é da atual gestão e foi anunciada na manhã desta terça-feira, 21 de fevereiro de 2017..
A licitação deve também prever a concessão dos corredores atuais e dos futuros espaços para a iniciativa privada.
Ainda de acordo com a nova previsão, se não houver recursos administrativos e judiciais, o novo sistema deve estar em operação já no segundo semestre deste ano.
A prefeitura também prevê BRTs – corredores de ônibus mais modernos, com sistema de pré-embarque, pelo qual, a passagem é paga em estações e não dentro dos veículos. Com isso, não haveria mais cobradores nestes coletivos. A secretaria de Transportes e Mobilidade diz, porém, que não haverá desemprego e que estes profissionais seriam realocados em outras funções.
A estimativa, como já era o modelo lançado pela gestão Haddad, que foi barrada pelo TCM – Tribunal de Contas do Município, é que o sistema seja dividido em três: Local de Articulação Regional (entre regiões sem passar pelo centro), Local de Distribuição (alimentadores de corredores, terminais e estações de trem e metrô), Estrutural (linhas com ônibus maiores passando pelo centro).
A licitação dos transportes deveria ter ocorrido em 2013, mas a prefeitura, na época da gestão Haddad, desistiu do certame, na ocasião, diante das manifestações populares contra as tarifas.
Foi contratada uma empresa de verificação de contas, Ernst & Young, para, com os dados apurados, ajudar a elaborar os editais de licitação. Em meados de 2015, os editais então foram lançados, mas o TCM – Tribunal de Contas do Município apontou 62 irregularidades.
O processo ficou cerca de 10 meses parado até que no final da gestão, o TCM liberou a licitação, mas ficaram 14 pendências. A administração Haddad, então, decidiu deixar o certame para a próxima gestão, com o argumento de que era melhor a licitação ser iniciada e finalizada num mesmo mandato para não haver novos atrasos e desencontros.
Os contratos previstos eram de R$ 166,1 bilhões por 20 anos, podendo ser renovados por mais 20 anos.
Desde 2013, os contratos com as empresas do sistema estrutural são alvos de aditivos e com as empresas do sistema local que surgiram as cooperativas são renovados emergencialmente.

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