quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Governo do Estado de São Paulo não descarta romper contrato de construção da linha 6 do Metrô

Diário do Transporte

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Secretário dos Transportes Metropolitanos disse que antes vai tentar solução para manutenção do consórcio Move
ADAMO BAZANI
O Governo do Estado de São Paulo não descarta decretar a caducidade do contrato de concessão firmado com a concessionária Move São Paulo, responsável pela construção da Linha 6 Laranja do Metrô (Brasilândia – São Joaquim), mas vai tentar evitar a medida por meio de negociação com o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para conseguir um empréstimo de longo prazo.
A Move SP anunciou no dia 5 de setembro, a suspensão das atividades de construção “devido às dificuldades vivenciadas na contratação do financiamento de longo prazo, condição indispensável à continuidade do Projeto.”
Nesta terça-feira, 27 de setembro, o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, disse ao jornal O Estado de São Paulo que decretar a caducidade do contrato seria a última alternativa, mas que não está descartada. Haverá antes negociações com o BNDES.
“A caducidade não está descartada, mas na nossa avaliação é a última medida a ser tomada. Vamos trabalhar intensamente nesse final de ano para que a questão possa ser solucionada”
O secretário também informou que os problemas estão concentrados nas construtoras que fazem parte do projeto, entre elas a Queiroz Galvão e a Odebrecht, envolvidas na Operação Lava Jato.
“Estamos em dia com os aportes, temos mais de 90% das desapropriações já realizadas, pagas e com propriedades liberadas. É um problema das empreiteiras … O problema está com as empresas, cujos ratings caíram por conta da participação delas na Operação Lava Jato. Então, estamos dando apoio para solucionar”
Clodoaldo Pelissioni também descartou neste momento procurar empréstimos em outras fontes que não sejam o BNDES
“São R$ 550 milhões que foram sacados, R$ 325 milhões de capital de giro. O BNDES já começou o financiamento, vemos com bastante dificuldade neste momento a possibilidade de outros órgãos internacionais, mesmo porque o financiamento não é do governo”

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