segunda-feira, 25 de abril de 2016

Linha 4 Amarela do Metrô deve ficar 54% mais cara, diz jornal

Amarela
Valores podem aumentar ainda mais se forem consideradas as maiores propostas.
Valor de quatro estações, um pátio e um terminal de ônibus deve ser R$ 381,6 milhões mais alto que antes de rescisão de contrato.
ADAMO BAZANI
pontodeonibus.blogspot.com
O trecho restante da linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo deve ficar ao menos 54% mais caro que o contrato que deveria ter sido cumprido pelo Consórcio Isolux-Corsán-Corviam.
Em 2011, quando venceu a licitação para a segunda fase da linha, o consórcio receberia um valor de R$ 706,9 milhões.
Em julho de 2015, houve o rompimento do contrato após descumprimento dos prazos de execuções de obras, segundo o Metrô.
O Consórcio já recebeu R$ 236,9 milhões, 33,7% do total.
Agora, com a nova licitação em andamento, a menor proposta de preço é de R$ 849,9 milhões, apresentada pelo consórcio da Construcap-Copasa-Assignia.
Se esta proposta for aceita, de acordo com reportagem de Fábio Leite, de O Estado de São Paulo, a obra do segundo trecho vai custar R$ 1,08 bilhão. Mas se o consórcio que ofereceu o menor preço não cumprir outras exigências técnicas, pode ser classificada uma proposta com valor mais alto ainda.
As intervenções compreendem a construção das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, o terminal de ônibus na Vila Sônia, o pátio para trens também na Vila Sônia um túnel de dois quilômetros para fazer uma ligação para este pátio.
A linha opera em 8,9 quilômetros entre as estações da Luz e Fradique Coutinho, esta a única estação da segunda fase de obras concluída pelo Consórcio Isolux-Corsán-Corviam. A operação começou em novembro de 2014.
As obras totais, que deveriam ser concluídas em 2014, agora só devem ser entregues em 2019.
Quando completa, a Linha 4 – Amarela do Metrô terá em torno de 14 km de extensão entre a estação da Luz e a Vila Sônia , com 11 estações e uma demanda diária de 980 mil passageiros .
A estação Higienópolis/Mackenzie foi paralisada com 60% das obras prontas, e a Oscar Freire, com 40%, segundo o Metrô.
Especialistas contestam justamente isso. O fato de uma obra ficar mais cara que o inicial, sendo que parte dela já foi concluída. O metrô diz que não há como comparar os valores acertados em 2011 e os atuais de 2016. A companhia do Metropolitano lembrou que a nova licitação inclui readequações dos trabalhos e acréscimos dos serviços. De acordo com o metrô, o orçamento para licitação atual chegou a R$ 1,28 bilhão e que as propostas são inferiores a este valor. A companhia do Metropolitano também lembrou que quando assinou contrato com consórcio Isolux-Corsán-Corviam obteve um desconto de 40,7% já que o valor à época proposto era de R$ 942,9 milhões, o que equivale a R$ 1,16 bilhão e valores atuais corrigidos pela inflação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário