quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Metrô lotado Linha 3 vai ficar no limite ao menos até 2015


A troca do sistema que diminiu intervalo de trens da rede metroviária de São Paulo está atrasada e, com isso, a linha 3-vermelha, a mais lotada do Metrô, que já está no "limite" deverá continuar por mais um ano, pelo menos, afirma o diretor de operações da companhia paulista, Mário Fioratti Neto.

A troca de tecnologia, chamada de CBTC, sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação, que permitiria aumento de 20% no número de trens estava prevista pelo governo do Estado para estar funcionando durante a Copa do Mundo.

Hoje, o invetevalo entre os trens é de 105 segundos e o novo sistema reduziria esse tempo para 90 segundos. O sistema atual é da década de 1980.

Com o intervalo menor, seria possível aumentar o número de trens em circulação. Hoje, são 40 na linha 3.

Com o novo sisteama, mais passageiros poderiam ser transportados na linha 3, responsável por quase 40% do movimento das quatro linhas sob gestão do Metrô --o dado exclui a linha 4-amarela, concedida à iniciativa privada.

A linha 3-vermelha transportou, em 2013, 1,5 milhão de passageiros por dia.

Nos horários de pico, oito pessoas chegam a dividir um metro quadrado no interior dos trens. O recomendado é até seis por metro quadrado.

ALSTOM

O contrato para a implantação do sistema CBTC foi assinado em 2008 com a multinacional Alstom por mais de R$ 700 milhões, valor não corrigido. A empresa é investigada por formação de cartel.

O Metrô diz ter aplicado multas à Alstom e que tenta resolver a situação com a mediação de um comitê de arbitragem, tipo de conciliação sem recorrer à Justiça.

Ainda assim, de acordo com o diretor do Metrô, há um CBTC instalado na linha 2-verde que funciona apenas aos domingos, em caráter de teste. Segundo ele, a estratégia foi implantá-lo primeiro em uma linha de menor movimento para depois adaptá-lo às demais.

Equipamentos do CBTC estão em instalação nas linhas 1-azul e 3-vermelha. Também está em desenvolvimento "a parte de software", diz.

A previsão de instalação total da nova tecnologia, segundo ele, é 2015. O mês, Fioratti não soube dizer.

A promessa do governador Geraldo Alckmin era chegar ao final de 2014, último desta gestão, com mais 30 km de linhas de metrô. Deve acabar o ano com 14 km.

*com informações do jornal Folha de S. Paulo

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