sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Cheias e seca travam hidrovias, e filas em estradas deverão crescer

O nível do Rio Madeira em Rondônia chegou a 18,6 metros ontem, um recorde histórico que superou a marca de 1997; na quarta-feira, o rio subiu 16 cm em 12h. Foto: Joel Rosa/Eleven/Folhapress
O nível do Rio Madeira em Rondônia chegou a 18,6 metros ontem, um recorde histórico que superou a marca de 1997; na quarta-feira, o rio subiu 16 cm em 12h. Foto: Joel Rosa/Eleven/Folhapress
Após um 2013 caótico, o transporte da safra de soja volta a enfrentar problemas no país – e já há quem chame o cenário atual de “tempestade perfeita”.
Em plena colheita, o quadro inclui terminais alagados em Porto Velho (RO), BR-163 intransitável, hidrovia Tietê-Paraná com baixo nível, dificuldades em ferrovias e os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) no limite de suas operações.
Isso às vésperas do Carnaval, quando o escoamento por rodovias enfrenta restrições. Assim, nas próximas semanas ou essa rara combinação de extremos climáticos perde força ou as filas nas estradas rumo aos terminais portuários voltarão a dar o tom.
No Norte, fazendas que podem estão armazenando soja a pedido das tradings, que alegam não ter como transportá-la.
E, com as chuvas constantes, cresce o temor com a qualidade do grão estocado, já que umidade excessiva reduz preços. No rio Madeira, a cheia é histórica. Por causa dela, a prefeitura de Porto Velho decretou estado de calamidade pública.
Terminais foram inundados e foi interrompido o fluxo de produtos que abastecem Manaus (AM) e o de grãos para Santarém (PA). “Em dez anos que operamos em Porto Velho, é a primeira vez que o rio chega a essa altura”, disse ao Valor Altamir Olivo, gerente de logística de grãos e processamento da Cargill.
A trading americana opera um terminal privativo fora do porto público de Porto Velho. Por ficar em um terreno mais baixo, parte das instalações estão submersas – os silos não foram atingidos – e as operações foram paralisadas na sexta-feira.
“Deixamos de escoar 105 mil toneladas de Porto Velho a Santarém”, disse Olivo. Segundo ele, 7 mil toneladas por dia de soja do oeste de Mato Grosso e Rondônia seguem a Santarém via Porto Velho. O impacto está sendo maior porque, embora os transbordos tenham parado só na semana passada, a Cargill, dada a situação, já vinha pisando no freio.
Responsável pelo escoamento de 2,5 milhões de toneladas de grãos da Cargill, o porto de Santarém está até ocioso. Além do alagamento de Porto Velho, a múlti não está conseguindo subir com a soja de caminhão pela BR-163 devido a chuva e atoleiros.
A Amaggi, por sua vez, retomou na manhã de ontem o escoamento de soja. Diferentemente da Cargill, a empresa está dentro da área do porto público, que é mais alto e não foi inundado. Mas teve as operações interrompidas por dois dias esta semana porque a cheia elevou os riscos de ruptura da estrutura do cais, que é flutuante.
A Amaggi escoa 18 mil toneladas de grãos por dia de Porto Velho a seu porto de Itacoatiara (AM). De lá, transborda os grãos para navios que rumam ao exterior.
A retomada foi possível após o reforço nas amarras de sustentação do cais, informou a Sociedade dos Portos e Hidrovias de Rondônia, que administra o porto de Porto Velho.
Jorge Zanatta, diretor de navegação da Amaggi, afirmou que a situação preocupa porque ainda chove muito na região, principalmente nas cabeceiras do Madeira – os rios Madre de Dios e Beni, na Bolívia. “Essa água toda vai chegar aqui”, afirmou ele.
Na tarde de ontem, o rio Madeira batia o recorde de 18,6 metros de altura – a última grande cheia foi em 1997, quando atingiu 17,51 metros.
A estimativa da Marinha é que em até uma semana o rio possa alcançar 19,15 metros. Conforme Zanatta, a Amaggi opera em capacidade máxima e, por isso, até prestou serviços pontuais de ajuda à Cargill. “Mas o terminal está no limite. Não temos espaço para nada que não esteja contratado”, afirmou o executivo.
A trading americana ainda tem 83 caminhões parados com soja a espera de embarque em Porto Velho. Para a companhia, não há uma saída fácil, já que é precária a infraestrutura logística do país.
A Cargill está tentando fazer a soja chegar a Santos e Paranaguá e tentará aproveitar os terminais portuários gaúchos. “O problema é que essa soja não foi originada para sair pelo Sudeste ou pelo Sul. Ela foi pensada para sair por Santarém. Estamos falando de uma perda significativa com custos de frete”, disse Olivo.
O custo para enviar uma tonelada por caminhão ao Sudeste é de R$ 333 – em média, R$ 80 a mais do que por Porto Velho. Por isso, a multinacional tem hoje represados nas fazendas e em armazéns próprios 75 mil toneladas.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais e Grãos (Anec) estuda fazer um anúncio “oficial” sobre a impossibilidade de escoamento de soja de Porto Velho (RO) ao porto de Itacoatira pelo rio Madeira, por motivos de força maior.
Se o documento for expedido, as tradings terão um instrumento para renegociar o demurrage dos navios (multa por tempo de estadia) e eventuais multas contratuais com clientes.
Por enquanto, a Anec só foi sondada por uma trading que atua no porto, mas o presidente Sérgio Castanho Teixeira Mendes diz que acompanhará de perto a situação do rio para decidir.
A Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) enviou um ofício às tradings, no dia 25, solicitando que não mandem soja de Mato Grosso para o porto porque não há como receber o grão.
Conforme Mendes, as tradings estão presas a contratos prévios com navios, atracadores e terminais e não têm como simplesmente mudar a rota de escoamento. O prejuízo pelos dias de paralisação das operações ainda não foi calculado pela entidade.
Ainda assim, haverá migração para o escoamento rodoviário rumo ao Sudeste e ao Sul, e esses caminhões adicionais certamente encontrarão outros que também não deveriam estar ali nas estradas.
Isso porque, devido à falta de chuvas na região, a hidrovia Tietê-Paraná, com 800 quilômetros de extensão, está operando com dois terços de sua capacidade de transporte.
Os 20 comboios atualmente em operação na hidrovia estão levando, cada um, até 4 mil toneladas, quando em condições normais o volume chega a 6 mil toneladas.
A estimativa é que só essa redução transfira até 140 mil toneladas por mês para as rodovias. Seriam 133 carretas a mais por dia nas estradas em direção ao porto de Santos.
Hoje, o calado é de 2,25 metros, enquanto o mínimo para circulação é 2,20 metros. O calado padrão, com os comboios, é de 2,70. O agronegócio é o principal usuário da Tietê-Paraná – ocupa 14 dos 20 comboios disponíveis.
Barcaças de soja são carregadas em São Simão (GO) e navegam 650 quilômetros até Pederneiras (SP), onde a carga é transferida para a ferrovia que chega a Santos.
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 Fonte: Valor Econômico, Por Bettina Barros, Fernanda Pressinott e Tarso Veloso

Desenvolvimento das Obras do VLT na Baixada Santista

A HISTÓRIA DA BICICLETA

Viatrolebus

por Renato Lobo

O site “um carro a menos” divulgou a história da bicicleta, que vale muito a pena conferir:
“Conhecer o passado para entender o presente e construir o futuro.” Essa frase, apesar de bastante utilizada, pode ajudar a compreender muitas coisas. O conhecimento é fundamental se queremos entender a fundo alguma questão. A bicicleta pode inspirar muitos sentimentos em quem a utiliza. Após receber muito benefícios por pedalar, o ciclista cria uma relação de cuidado e carinho com a sua magrela. Essa relação em si já é um motivo suficiente para conhecer um pouco sobre a história de sua companheira.
Não é de hoje que as pessoas perceberam que a bicicleta é uma ótima alternativa para a mobilidade e para a saúde. Muitos foram os estilos experimentados e as sensações compartilhadas. É interessante notar que durante sua evolução a bicicleta agradou aos mais variados gostos e atendeu diversas finalidades. O Respeite Um Carro a Menosconvida você a dar uma voltinha pela Linha do Tempo e conhecer um pouco mais sobre a História da Bicicleta. O veículo do futuro já chegou faz tempo!
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O alemão Karl Drais Von Sauerbronn cria um “cavalo” de madeira, com guidão e duas rodas. A invenção, de 1816, ficou conhecida como draisiana. Era a primeira bicicleta. Mas ainda com tração Flinstones: os pés faziam as vezes do pedal.
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Surgem os pedais: rígidos e acoplados diretamente à roda dianteira.
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O francês Pierre Lallemente aumenta a roda dianteira, para deixar a pedalada mais leve. Pierre Michaux cria a primeira fábrica. Em 1867, surgem rodas com aro de aço, freios e tração traseira por corrente.
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Mesmo com o surgimento do modelo com correntes, a larga produção de velocípedes de Pierre Michaux tornou o seu modelo mais popular. Surgem também as bicicletas comrodas gigantes na frente e minúsculas atrás.
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Em 1887, o escocês John Boyd Dunlop cria uma câmara de ar para as rodas da bicicleta do filho. Nasceu o pneu. De quebra, as bicicletas com correntes começam a ganhar mercado.
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No começo da década de 1890, surge o quadro trapezoidal, usado até hoje. Em 1895, vêm os primeiros modelos em alumínio, três vezes mais leves que o aço.
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No fim dos anos 20, a empresa Schwinn, popular nos EUA, aproxima o design da bikedas motos. Na Europa, o ciclismo esportivo ganha força.
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O americano James Finley Scott modificou um modelo urbano para conseguir andar em trilhos. E criou a primeira mountain bike.
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Agora todo mundo tinha um modelo para chamar de seu. Surgem as bicicletas para crianças, as de estrada e o sistema de marchas evolui.
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Nasce a BMX, que viraria febre mundial e tornaria a bicicleta o sonho de consumo de 11 entre 10 crianças.
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Chegam os quadros em fibra de carbono e o freio a disco.
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As dobráveis, antes um nicho do mercado, começam a se popularizar. E as elétricas passam a ganhar as ruas.
Com as informações de #30tododia

PIB Brasil está em rota de ascensão sem deixar de combater a desigualdade, diz Pochmann

Para economista, país mostra crescimento mais 'qualificado', com base em investimentos, e deve se manter nessa trajetória
por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 28/02/2014 11:04, última modificação 28/02/2014 11:36
© ROBERTOMORAES.COM.BR / REPRODUÇÃO
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Construção de plataformas de exploração de petróleo em estaleiro no Rio. Investimentos de retorno de longo prazo
São Paulo – Ao se basear no investimento, que cresceu mais do que o consumo, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, duas vezes maior que o do ano anterior, aponta recuperação do nível de atividade de forma mais "qualificada", diz o economista Marcio Pochmann. "Estamos em rota de ascensão gradual. E o Brasil está se reposicionando no mundo", afirma o presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Esse PIB dá resposta a várias questões."
Uma delas, por exemplo: a recuperação brasileira não podia se dar apenas pelo consumo, que segue sendo um fator importante. Mas há um novo contexto mundial, em que a economia não vem sendo mais puxada pelos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas se encontra em um momento de "saída da crise" conduzido, principalmente, pelos Estados Unidos. E o Brasil cresceu nos últimos anos via consumo e exportações de commodities.
Além da necessidade de continuar buscando distribuição de renda, Pochmann identifica um novo padrão, que exige investimentos em infraestrutura. E, nesse sentido, avalia o resultado do PIB como "bastante animador", pelo crescimento nesse item. Os investimentos recuaram de 2010 para 2011, chegaram a ser negativos em 2012 e voltaram a subir no ano passado. Foi uma fase difícil de transição, acredita Pochmann, com decisões envolvendo o governo e o setor privado, em setores como estradas, aeroportos, portos, hidrelétrica e petróleo. "E a recuperação do investimento se dá em um período em que a taxa de juros estava subindo, o que é difícil de acontecer", observa.
O reflexo desses acordos entre o poder público e o setor privado deve ser visto pelos próximos três anos. "São investimentos de longa maturação." E também abre perspectivas melhores para o comércio internacional.
O economista também ressalta que essa transição acontece sem prejuízo aos mais pobres e aos trabalhadores. "O país continua combatendo a desigualdade." Em outros países, como na Europa, o ajuste teve alto custo social.

Fernando Henrique e tucanos 'mentem' sobre o Plano Real, diz petista

Para Ricardo Berzoini, tucanos 'ficaram inebriados' com sucesso inicial e descuidaram da sequência. 'Foi um período de desemprego recorde e ataques a direitos', lembra presidente da CUT

por Eduardo Maretti, da RBA publicado 26/02/2014 
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FSP
Datafolha em 31/12/1999: menos de três meses depois da reeleição garantida, 70% achavam que FHC havia perdido controle da crise e 56% que ele havia enganado os eleitores
São Paulo – O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) rebateu hoje os pronunciamentos de algumas das principais lideranças do PSDB feitos ontem (25) em sessão solene no Senado para comemorar 20 anos do Plano Real. “Eles têm contado uma história que não corresponde à realidade documentada nas estatísticas do Banco Central, do Ministério da Fazenda, do IBGE, do Ipea, do Dieese, da Fundação Getúlio Vargas. Existem estatísticas, não adianta brigar com números”, disse Berzoini, ex-ministro da Previdência e do Trabalho do ex-presidente Luiz Inácio Lula, entre 2003 e 2005. "Fernando Henrique mais uma vez mentiu, assim como os tucanos, nesse ato do Senado."
O parlamentar afirma que assinou o primeiro reajuste dos aposentados da era Lula, em maio de 2003. “O reajuste foi de 19,78% na época, sem embutir nenhum aumento real, representava só a inflação de 12 meses. Era uma inflação basicamente decorrente do descontrole do governo Fernando Henrique Cardoso”, avalia.
Para o petista, o real foi produto de “engenharia inteligente” no sentido de desindexar o processo inflacionário. “Mas como eles ficaram inebriados com o sucesso inicial do plano, descuidaram de fazer o que era necessário pela estabilidade de médio e longo prazos. Elevaram tanto o endividamento externo como o interno do país em doses cavalares e, para tentar aplacar a especulação, elevaram pesadamente a parcela dolarizada da dívida interna. E não olharam a política de crescimento econômico, do emprego e da renda”, analisa Berzoini.
Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o Plano Real (instituído em 27 de fevereiro de 1994 com a introdução da URV, Unidade Real de Valor) pela Medida Provisória 434, foi “o maior programa de distribuição de renda do Brasil”, por ter tirado o “imposto inflacionário” do trabalhador.
No Senado, FHC disse que, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a sucessora Dilma Rousseff, o Brasil perdeu um momento positivo na economia mundial. “Perdemos o momento da fartura de capitais”, declarou.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que se os "criadores do real" tivessem vencido as eleições em 2002, possivelmente ninguém estaria comemorando nada hoje. "O real foi bem até assegurar a reeleição tranquila do Fernando Henrique em 1998. Assim que ele tomou posse, em janeiro de 1999, foi desfeita a farsa", observa. Freitas. Na época, lembra ele, as pesquisas demonstravam que a população se sentia "enganada" na eleição de 1998.
"Foi uma época em que quem não estava desempregado tinha pelo menos um amigo ou parente nessa situação. Onde estavam os empregos? Que conquistas os trabalhadores podem lembrar dos primeiros oito anos de real? Passamos oito anos travando lutas para não perder direitos. Foi um quase massacre", critica o presidente da CUT, que enumera: "Mentira cambial, desemprego recorde, arrocho salarial, tentativa de desregulamentar a legislação trabalhista, privatizações para responder a um endividamento irresponsável. Foram essas as âncoras do real que a partir de 2003 começaram a ser corrigidas."
Lula assumiu o governo a inflação estava em 17%, o risco Brasil era 4 mil pontos, observa o deputado federal Nelson Pellegrino (PT-BA). "Tínhamos um déficit brutal nas contas externas, o Brasil estava perto de quebrar. Só não quebrou porque Lula como candidato à presidência da República teve responsabilidade de chancelar o acordo que foi feito com o FMI e depois conduziu uma transição", rebate. "É uma tentativa do senador Aécio Neves de reivindicar a si a estabilidade econômica. E tentar uma aposta, que acho perigosa da parte dele, de querer reivindicar a herança de FHC."
Na opinião do parlamentar baiano, o risco embutido na “aposta" de Aécio, declarado pré-candidato tucano à presidência da República, é confrontar “um certo consenso” na sociedade brasileira segundo o qual o real foi um processo de construção. “Fernando Henrique teve um papel, como teve Itamar, como também Lula”, acredita Pellegrino, lembrando que, quando a MP 434 foi editada, Fernando Henrique Cardoso era o ministro da Fazenda do então presidente Itamar Franco.

Campanha antecipada?

O fato de os líderes tucanos atacarem os atos públicos dos quais a presidenta Dilma Rousseff participa, chamando-os de “campanha eleitoral antecipada”, e terem produzido um evento que também poderia ser considerado campanha antes da hora, é minimizado pelos deputados petistas.
“Temos de sempre relativizar isso, porque é impossível na política você abstrair completamente os impactos eleitorais de atos realizados antes do período de campanha”, diz Berzoini. “Eu não seria leviano, como são levianos os tucanos, que a todo momento fazem ilações e acusações e até representações ao Judiciário para tentar denunciar campanha antecipada. Mas no evento do Senado ontem obviamente teve uma conotação de buscar fazer um palanque do Aécio Neves junto com o Fernando Henrique”, afirma Berzoini.
“É uma agenda que a pré-candidatura Aécio tenta construir para se manter na polêmica. Ele tenta se colocar como alternativa. Você tem um modelo econômico, de Lula e Dilma, que levou o Brasil a um outro momento indiscutivelmente de sucesso e ele tenta fazer o contraponto”, acrescenta Pellegrino.
A reportagem procurou o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), mas não obteve retorno.

Brasil tem 3º maior crescimento econômico do mundo em 2013


Imagem do Estadão

O ritmo de crescimento do PIB (produção de bens e serviços da economia) do Brasil somente ficou abaixo dos apresentados por China e Coreia do Sul em 2013 – entre 13 economias que já apresentaram seus resultados, selecionadas pelo IBGE.

O avanço da China, aliás, não é parâmetro para ninguém. Está 5,7 pontos porcentuais acima da média mundial, de 3,0%. É desempenho que eleva muito o índice médio. Todos os demais países ficam abaixo dessa linha.

A Coreia do Sul conseguiu resultado bem próximo disso, com 2,8% de expansão. O crescimento da economia brasileira no último ano, de 2,3%, está imediatamente acima dos 1,9% de variação dos PIBs de África do Sul, Estados Unidos e Reino Unido.

A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013. Em 2012, o crescimento tinha sido de 1%; em 2011, de 2,7%; e em 2010, de 7,5%.

Somente no quarto trimestre, o crescimento econômico foi de 0,7% em relação ao trimestre anterior, puxado pelo setor de serviços (0,7%); a agropecuária não cresceu, e a indústria encolheu 0,2%. Em relação ao mesmo período de 2012, o crescimento do país foi de 1,9%.

O Produto Interno Bruto (PIB) referente ao quarto trimestre e ao ano de 2013 foi divulgado nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Consumo das famílias sobe pelo 10º ano seguido

A despesa de consumo das famílias cresceu 2,3% em 2013. Foi o 10º ano consecutivo de crescimento desse indicador.

Segundo o IBGE, esse comportamento foi favorecido no ano passado pelo aumento dos salários e da oferta de crédito.Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 4,84 trilhões em 2013. O PIB per capita alcançou R$ 24.065, uma alta de 1,4% em relação a 2012. Dados do IBGE

Promotor pede que Serra seja investigado por ligação com propinão tucano nos trens em SP




O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa,  vai investigar se há envolvimento do ex-governador paulista José Serra (PSDB) com a propina  do setor metroferroviário. O inquérito que apura o caso foi remetido a Márcio Elias pelo promotor de Justiça Marcelo Milani, porque apenas o chefe do Ministério Público Estadual pode investigar um ex-governador. “Eu já firmei opinião no sentido de que há indícios da participação do ex-governador”, disse Milani em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

O alvo da investigação é o chamado projeto Boa Viagem, de modernização de trens, implantado na gestão do tucano. Para embasar a necessidade de aprofundar as apurações em relação ao ex-governador, Milani cita depoimento prestado em novembro do ano passado pelo ex-diretor da Nelson Branco Marchetti à Polícia Federal.

De acordo com a manifestação do promotor de Justiça, Marchetti relatou ter sofrido pressão de assessores de Serra para desistir de qualquer judicial contra a licitação do Boa Viagem. “O executivo diz que se reuniu com Serra em 2008 em uma feira na Holanda. Segundo ele, o ex-governador lhe disse que, caso a Siemens conseguisse na Justiça desclassificar a empresa espanhola CAF em uma licitação de compra de trens da CPTM, o governo iria cancelar a concorrência porque o preço da multinacional alemã era 15% maior”, escreve o repórter Fausto Macedo do Estadão.

Marchetti afirmou, em depoimento à PF, que mesmo não tendo o capital social integralizado exigido em edital, a CAF foi defendida por Serra e seus secretários. Só o site Congresso em Foco deu essa notícia. Por que será?

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Movido por novo sistema, trem do Metrô 'desembesta' para fim da linha em São Paulo

Comprovada por relatório, falha não é nova, mas se repete na estação Vila Prudente só quatro dias depois de governo ignorar recomendação do Ministério Público

por Tadeu Breda, da RBA publicado 27/02/2014 16:49, 
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METRÔ-SP
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Segundo relatório do Metrô, problema mais recente com sistema CBTC ocorreu em Vila Prudente
São Paulo – Um trem do Metrô de São Paulo, comandado pelo novo sistema de sinalização e operação das composições, conhecido como CBTC, descambou na última segunda-feira (24) em direção ao paredão que existe depois da estação Vila Prudente, um dos terminais da Linha 2-Verde. Só não houve colisão porque o condutor agiu rapidamente, aplicando freio de emergência. O incidente ocorreu em horário de pico, às 8h, e havia passageiros na composição.
A falha, que não é inédita, ocorreu apenas quatro dias depois de o Metrô ter contrariado recomendação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e decidido continuar com a instalação da nova tecnologia, contratada junto à Alstom por R$ 726 milhões. A informação consta em documento interno do Metrô, conhecido como Relatório de Ocorrência Técnica, ao qual a RBA teve acesso.
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Na descrição do incidente, o condutor explica que o trem estava se aproximando normalmente da estação Vila Prudente, reduzindo a velocidade, quando, ao chegar na metade da plataforma, acelerou sozinho. O metroviário puxou a alavanca de frenagem e conseguiu parar a composição cerca de dez metros além do devido: é o que se conhece como “parada longa”, ou seja, quando o trem cessa movimentos depois dos limites da plataforma.
No relatório, o operador afirma que essa diferença correspondeu ao comprimento de um vagão. Condutores ouvidos pela RBA afirmam que o espaço entre a estação Vila Prudente e o para-choque que sinaliza o fim da linha é de, no máximo, três vagões. Como o trem ficou desalinhado com a plataforma, nem as portas do trem nem as da plataforma se abriram.
As três estações mais novas da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo – Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente – possuem portas de plataforma, assim como ocorre em toda a extensão da Linha 4-Amarela. Elas só puderam ser abertas por um dispositivo de emergência, acionado pelo funcionário da estação. Então, um manobrista assumiu o comando do trem na cabine contrária, alinhou a composição e procedeu ao desembarque de passageiros. Com a situação regularizada, novos usuários embarcaram e prosseguiram viagem.
A composição avariada é nova: é conhecida como G14 e pertence à frota G, fornecida pela Alstom entre 2008 e 2010. A empresa francesa também é responsável pelo desenvolvimento e instalação do CBTC (sigla paraCommunication Based Train Control) na Linha 2-Verde. Apenas as estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente operam com CBTC em tempo integral, todos os dias da semana. Mas testes com o novo sistema ocorrem desde 2010 em toda a extensão da linha, aos domingos.
Falhas são comuns. Neste mês, ao menos três panes acometeram o CBTC na Linha 2-Verde. Duas delas ocorreram aos domingos, nos dias 9 e 16 de fevereiro. Na ocasião, trens sumiram das telas do Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô, provocando uma situação de risco conhecida como “trens fantasmas”. O defeito levou a paralisações que duraram 17 e 40 minutos, respectivamente.
Até onde se sabe, o problema registrado na estação Vila Prudente na última segunda-feira (24) é o mais recente no histórico de falhas do CBTC. Mas não é a primeira vez que trens movidos pelo sistema da Alstom desembestam rumo ao fim da linha. Denúncias de metroviários apontam que o mesmo incidente ocorrera “pelo menos cinco vezes” em 2011 e 2012, no início da fase de testes.
Falhas e atrasos na implantação do sistema motivaram o promotor Marcelo Milani a recomendar que o Metrô suspendesse os contratos com a empresa francesa. A companhia, porém, “diante da ausência de elementos ou indícios suficientes de irregularidades”, decidiu continuar implementando a tecnologia.
O governo do estado de São Paulo já desembolsou R$ 490 milhões com o CBTC. Em contrapartida, a Alstom já pagou R$ 77 milhões em multas contratuais devido aos atrasos e problemas na instalação do sistema. Devido a irregularidades, os pagamentos estão suspensos há cerca de um ano. A questão é razão de disputa entre a multinacional e o poder público paulista.
A Alstom é investigada por corrupção no fornecimento de equipamentos elétricos à Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE) e formação de cartel em contratos metroferroviários com o governo estadual, ambos em conluio com membros da administração tucana. A promotoria estima que o esquema, conhecido como “propinoduto tucano”, tenha desviado R$ 800 milhões para alimentar o caixa dois do PSDB e partidos aliados.
Procurado, o Metrô ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem.

INVESTIMENTOS FORAM DESTAQUE DO PIB BRASILEIRO

ANTT limita participação de empresas na Norte-Sul

Foto: Reprodução Google Imagens
Foto: Reprodução Google Imagens
O governo decidiu impor regras duras e restrições para quem estiver interessado em assumir a gestão e manutenção da ferrovia Norte-Sul, no trecho de 1,5 mil km de extensão que liga as cidades de Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP).
Trata-se do primeiro trecho ferroviário que, na prática, testará o novo modelo de concessão desenhado para o setor, já que boa traçado do traçado já foi concluído pela Valec.
Pelas regras apresentadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), estão impedidas de participar do leilão as atuais concessionárias de ferrovias que operam no país, uma decisão que afeta diretamente empresas como ALL, FCA, FTC, MRS, Transnordestina e Vale, donas de trechos de concessões feitas na década de 1990 e que estão em vigor.
Para essas empresas, segundo a ANTT, só resta uma brecha de participação no leilão, caso seus acionistas decidam criar uma nova companhia, completamente dissociadas das atuais que atuam nas concessões.
A agência também decidiu aplicar fortes exigências atreladas a conteúdo nacional, com cotas obrigatórias para aquisição e contratação de equipamentos, sistemas e até profissionais.
Qualquer tipo de equipamento que vier a ser utilizado para garantir a operação da ferrovia – como placas de apoio, talas de junção, grampos de fixação e bloqueios da malha – terá a cota mínima de 75% de nacionalização.
Sobre os sistemas operacionais (software) usados no gerenciamento da malha, a faixa obrigatória é de 30% para produtos desenvolvidos no Brasil.
No quesito mão de obra, a minuta de edital exige que pelo menos 50% dos funcionários da concessionária (como engenheiros e operadores de trens) sejam brasileiros ou naturalizados.
A proteção ao mercado nacional também passa pela aquisição de trilhos, que deve respeitar o volume de pelo menos 75% de material feito no Brasil.
Essa regra, entanto, só passa a valer se houver ao menos um fabricante nacional de trilhos com capacidade suficiente para atender a demanda. Hoje, nenhuma siderúrgica produz trilhos no Brasil.
A lista de imposições também determina que a concessionária deverá instalar ao menos 36 estruturas de fibras ópticas, em dutos subterrâneos, ao longo dos 1,5 mil km da ferrovia. Mais que instalação, a empresa terá de se responsabilizar pelo bom estado de uso dessa malha, respondendo pela manutenção e eventuais reposições de material e equipamentos em caso de falhas, durante toda a concessão de 35 anos.
Os serviços oferecidos a partir dessa estrutura, no entanto, não ficarão com o concessionária. A regra estabelece que a empresa terá de assinar um “termo de doação” de toda a estrutura de fibra para a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal vinculada ao Ministério dos Transportes. A partir dessa doação, a EPL ficará livre para fazer o que quiser com a fibra: distribuir gratuitamente, vender, alugar, etc.
O modelo de negócios da concessão proposta pelo governo é conhecido como “open access”. Em vez de conceder a malha para um único operador, como ocorreu na década de 90, o governo decidiu adotar a estratégia de acesso aberto, no qual a estatal Valec vai contratar a empresa que é alvo deste leilão, para fazer a operação e manutenção da ferrovia.
A partir daí, a Valec comprará desta empresa 100% da capacidade de transporte da malha, para então oferecer essa capacidade a qualquer companhia interessada em transportes suas cargas.
Em um aceno de que a operação permitirá outras fontes de renda ao concessionário – além da disponibilidade de capacidade de transporte da malha -, a ANTT estabeleceu que a empresa poderá buscar receitas extraordinárias. Para isso, no entanto, vai precisar de muita criatividade.
Pelas regras, o concessionário não poderá atuar diretamente na operação e manutenção de trens de cargas ou passageiros que passem pela malha, ou seja, restringindo sua atuação à oferta dos trilhos e sua operação.
A empresa, segundo a minuta de edital, também não poderá atuar em operações de armazenagem, estadia e outras atividades relacionadas à exploração de polos e terminais logísticos instalados ao longo do trecho.
A concessionária que assumir o trecho terá a missão de implantar os sistemas de sinalização, comunicação e energia, além de operar a ferrovia pelo prazo de 35 anos, sendo prorrogáveis uma única vez, pelo mesmo período.
A proposta da ANTT ainda pode ser modificada. Nesta semana, a minuta do edital da Norte-Sul é tema de audiências públicas em Palmas (TO), Fernandópolis (SP) e Anápolis (GO). O objetivo é colher sugestões, críticas e eliminar dúvidas, material que apoiará o edital definitivo da malha.
O Valor apurou que, na ANTT, há disposição de flexibilizar as regras quanto à participação no leilão das atuais concessionárias de ferrovias, caso haja manifestação de interesse.
Seria necessário, no entanto, levar em consideração uma restrição que consta nos contratos dessas empresas, assinados na década de 1990.
Segundo um técnico da agência, termos desses contratos estabelecem que essas empresas só tinham permissão de atuar, exclusivamente, naqueles trechos concedidos, sem permissão para entrar em outras operações.
Dos 1,5 mil km do traçado que irá à leilão, cerca de metade está em fase de conclusão pela Valec, entre as cidades de Palmas (TO) e Anápolis, em Goiás.
Há duas semanas, esse trecho foi alvo de testes pela estatal, que informou não ter encontrado problemas no transportes de cargas. A outra metade do traçado, que liga Anápolis até Estrela D’Oeste, em São Paulo, tem cerca de 60% de suas obras concluídas em segundo o governo, será entregue até dezembro deste ano.
O prazo de conclusão, no entanto, pode atrasar mais uma vez, porque os trilhos adquiridos pela Valec para conclusão da Norte-Sul tem previsão de chegar aos canteiros de obra somente em meados de junho.
Fonte: Valor Econômico, Por André Borges

Governo estuda mudanças no edital da ferrovia da soja

tremApesar de ter recebido aval do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo ainda estuda mudanças importantes para lançar o edital de licitação da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que dará partida às novas concessões do setor.
Duas alternativas estão sendo avaliadas para destravar o leilão da Ferrovia da Soja, como é conhecido o trecho de 1.527 quilômetros, entre os municípios de Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO).
Uma das opções é antecipar mais receitas da estatal Valec ao vencedor da concorrência, nos cinco primeiros anos de concessão, do que o anunciado originalmente. Outra possibilidade é aumentar a taxa de retorno do projeto – fixada em 8,5% ao ano.
As duas alternativas têm um propósito claro: jogar para cima a tarifa-base do leilão e torná-la mais atrativa aos investidores privados.
O governo considera que, após as determinações do TCU, essa tarifa ficou “achatada” e ainda coloca em risco o sucesso da disputa.
Em dezembro, ao fazer a primeira análise, o tribunal reduziu de R$ 6,3 bilhões para R$ 4,7 bilhões o valor estimado das obras da Fico.
Para o governo, esse orçamento inviabilizava a concessão da ferrovia. Por isso, houve um pedido de reconsideração ao TCU, que foi acatado parcialmente.
O órgão de controle deixou de falar em valores, mas manteve algumas restrições. Ao refazer suas planilhas, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estimou as obras em R$ 5,4 bilhões, para atender às exigências do tribunal.
Para o governo, há dúvidas se esse orçamento é suficiente para bancar a construção. Até agora, o Palácio do Planalto acredita na entrada de um ou dois grupos – formados por empreiteiras e tradings do agronegócio – no leilão da ferrovia.
Esse número está longe dos oito a dez consórcios que se apresentaram para os últimos leilões de rodovias, no fim de 2013, mas é considerado satisfatório para “testar” o novo modelo de concessões.
Às vésperas da campanha eleitoral, no entanto, ninguém quer correr o risco de ficar sem propostas na licitação e dar munição aos críticos da presidente Dilma Rousseff.
Por isso, a ordem no Planalto é redobrar o cuidado e afastar totalmente a hipótese de “vazio” no leilão, antes de lançar a versão definitiva do edital. Quanto mais alto o valor estimado da obra – termo conhecido como “capex” no jargão do mercado -, maior a tarifa-base.
Para viabilizar esse aumento, uma das formas estudadas é mexer na antecipação de recebíveis da Valec pelo grupo que arrematar a concessão.
No novo modelo, a estatal garante a compra de 100% dos direitos de uso da ferrovia, eliminando o risco de demanda da futura operadora.
Quando anunciou as regras das concessões, o governo havia prometido antecipar 15% das receitas da futura concessionária durante as obras, antes mesmo da entrada em operação das novas ferrovias.
Agora, pode-se usar uma brecha do decreto presidencial nº 8.129 – publicado em outubro do ano passado para afastar o chamado “risco Valec” – a fim de incluir os gastos com a operação e a manutenção da ferrovia nos primeiros recebíveis.
Com isso, o governo acha que poderia adiantar entre 20% e 25% do valor total das obras ao vencedor do leilão, dando mais atratividade à disputa.
Parece pouca coisa, mas, como lembra um assessor presidencial, “o dinheiro na mão hoje vale bem mais do que o dinheiro amanhã”.
A outra possibilidade é elevar a taxa interna de retorno (TIR) do projeto. Ela foi calculada em 8,5% ao ano e é superior aos índices fixados para as rodovias (7,2%).
Essa medida seria capaz, em uma canetada e sem risco de objeção no TCU, de aumentar imediatamente os valores envolvidos na concessão.
Ela só tem um inconveniente: pode se tornar uma referência para futuros leilões e trazer novamente à tona uma disputa com a iniciativa privada, em torno desses números, o que gerou bastante desgaste ao Planalto no ano passado e já havia sido superada.
Por isso, ela tem menos chance de prosperar. De qualquer forma, nenhuma decisão será tomada sem consulta à presidente Dilma. Enquanto ela não decidir, o edital continuará na gaveta.
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Fonte: Valor Econômico, Por Daniel Rittner

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Promotores vêem indícios de ação de Serra no cartel de corrupção de trens



VAI SE FECHANDO O CERCO SOBRE CARTEL DE CORRUPÇÃO E MÁFIA DOS TRENS DE SP 

MP ACATA PEDIDO DO PT E ABRE INQUÉRITO PARA APURAR OMISSÃO DE SERRA NO COMBATE AO CARTEL
Estadão - 22/02/2014 - Página A10
Promotoria apura se Serra sabia de cartel
O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar se o ex-governador José Serra (PSDB) se omitiu ou não no combate à atuação do cartel de trens durante sua gestão (2007- 2010).
O inquérito por suspeita de improbidade administrativa foi instaurado pelo promotor Sílvio Marques em 9 de novembro de 2013 após representação apresentada por quatro deputados estaduais do PT: João Paulo Rillo, Carlos Neder, Adriano Diogo e Francisco Campos Tito. 
O promotor, responsável por outros inquéritos que apuram fraudes em licitações do setor metroferroviário paulista envolvendo as multinacionais Alstom e Siemens, além de corrupção de agentes públicos, já pediu informações a Serra

Folha - 23/02/2013
Promotoria apura se Serra foi omisso em caso de cartel
O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para apurar se o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) foi omisso em relação à atuação do cartel de empresas que fraudou licitações de trens no Estado.
A apuração foi iniciada em novembro pelo promotor Silvio Marques a pedido dos deputados estaduais do PT João Paulo Rillo, Adriano Diogo, Carlos Neder e Francisco Campos, como revelou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo"

PROMOTOR MARCELO MILANI, CORROBORANDO POSIÇÃO DE SILVIO MARQUES, TAMBÉM VÊ INDÍCIOS DE OMISSÃO DE SERRA NO COMBATE AO CARTEL
Estadão - Blog do Fausto - 26/02/2014
Promotor vê indícios de ação de Serra no cartel
Em documento encaminhado ao procurador-geral de Justiça, promotor pede  “uma investigação mais aprofundada da participação do então governador” 
O promotor de Justiça Marcelo Milani afirmou nesta quarta-feira, 26, haver indícios da participação do ex-governador José Serra (PSDB) no cartel do setor metroferroviário em São Paulo. Milani remeteu ao procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, chefe do Ministério Público Estadual, inquérito que apura irregularidades em contrato de reforma de dois trens da CPTM, de 2008, para “uma investigação mais aprofundada da participação do então governador”.

Esta notícia também está na parte inferior da página A8, do Estadão, desta 5ª:

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Caso esta não seja sua escolha, leia a íntegra da notícia acima neste link:

PROMOTORIA DE MUNIQUE VAI ENVIAR DOCUMENTOS QUE PROVAM FRAUDES E CARTEL PRATICADOS PELA SIEMENS NO BRASIL
Deustche Welle - Alemanha - 26/02/2014
Após pedido do MP-SP, Promotoria de Munique entra no caso Siemens
Promotores da cidade alemã devem enviar desde dados de sigilo bancário e telefônico a documentos relacionados aos negócios no Brasil da multinacional, delatora do cartel metroferroviário de São Paulo.
Quanto ao teor do pedido, uma fonte da área de cooperação jurídica internacional brasileira consultada pela DW afirmou que geralmente um pedido como este pode até mesmo envolver o congelamento de ativos da multinacional alemã, "se houver como rastrear esse dinheiro que a Siemens ganhou no Brasil com essas irregularidades supostamente cometidas"

ALSTOM ESTÁ PROIBIDA DE PARTICIPAR DE LICITAÇÕES NA ÁFRICA ATÉ 2015 
Estadão
Alstom enfrenta casos de corrupção e formação de cartel em seis países - por Jamil Chade
GENEBRA - A Alstom admite a investidores e ao mercado financeiro que algumas de suas subsidiárias e funcionários estão sendo investigados por pagamento de propinas em diversos países e alerta que isso pode acarretar em multas e exclusão da empresa de processos de licitação. A informação faz parte do informe financeira da multinacional francesa publicado no último dia 30 de setembro.
No relatório, a empresa ainda reconhece que foi suspensa pelo Banco Mundial por corrupção na Africa até 2015, que foi condenada na Europa e Israel por formação de preços e que está sendo investigada no Brasil, França, EUA e Reino Unido

A notícia acima pode ser lida também neste link:

DEUSTCHE BANK (Caso Maluf) E SIEMENS (Cartel de Corrupção de Trens em SP) CONFESSARAM AOS PROMOTORES ALEMÃES PARTICIPAÇÃO NOS ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO

POR TRÁS DAS CONDUTAS DA SIEMENS E DEUSTCHE BANK, O TEMOR DE ENQUADRAMENTO NAS LEIS DURAS ALEMÃS E NORMAS INTERNACIONAIS
Folha - 26/02/2014
Do Valongo ao Deutsche Bank - por Elio Gaspari
O banco alemão e a Siemens fazem pelos brasileiros do século 21 o que fizeram os ingleses do 19.
O Deutsche Bank e a Siemens não foram convertidos à causa da moralidade pelas lições do papa Francisco. 
Fizeram o que fizeram porque temeram as leis de seu país e as normas de organizações internacionais. 
Como ocorreu no século 19 com o tráfico, tornou-se melhor negócio sair dele. Durante as farras da ditadura, o presidente do Deutsche Bank foi um queridinho do Milagre. Já a Siemens fartou-se no ruinoso acordo nuclear dos anos 70

DEUSTCHE BANK, QUE LAVOU DINHEIRO DAS FRAUDES DO MALUF, FAZ ACORDO COM MINISTÉRIO PÚBLICO DE SP E INDENIZA SÃO PAULO (SP) EM US$ 20 MILHÕES
Estadão
Banco alemão indeniza cidade de São Paulo no caso Maluf

LAVAGEM DE DINHEIRO É UMA SEMELHANÇA, ENTRE OUTRAS, DAS FRAUDES PRATICADAS POR MALUF E POR INTEGRANTES DO TRENSALÃO TUCANO
Viomundo
Antônio de Souza: Suíça, Maluf e as denúncias que deixam tucanos aloprados
A descoberta de  conta secreta de Paulo Maluf na Suíça combinada ao péssimo governo do ex-prefeito Celso Pitta e às denúncias de sua ex-mulher  Nicéa desembocaram na derrocada eleitoral do malufismo, que não teve mais força para eleger prefeito e disputar o governo estadual.
Do mesmo modo que atuou no caso Maluf, esperamos também que as instituições sejam eficientes para recuperar, pelo menos, R$ 160 milhões do propinoduto tucano e punam os responsáveis o mais rápido possível. Estes recursos possibilitariam construir 2 mil casas ou três hospitais de 200 leitos

"DESTEMIDO", GOVERNADOR DE SÃO PAULO, GERALDO ALCKMIN (PSDB), CONTINUA BRINCANDO COM FOGO

ALCKMIN É TAMBÉM OMISSO E/OU CONIVENTE COM O CARTEL DE CORRUPÇÃO?
A reboque da corrupção que continua sendo praticada pelo cartel e Máfia de Trens de SP, Alckmin, quando é divulgada uma nova fraude, se utiliza das velhas desculpas esfarrapadas: vai procurar se informar sobre o fato, tomará providências para apurar fraude; punirá, exemplarmente, os agentes públicos envolvidos em caso de comprovação, etc.

Vale a pena ver de novo:
Há 3 anos, assista o que disse Alckmin nesta reportagem do Jornal da Record de 14/02/2011.
Nela há o relato  de representação protocolada em 15/02/2011 junto ao MP pelo então deputado Simão Pedro sobre indícios de pagamentos de propina para agentes públicos do Metrô e CPTM por intermédio de  empresas integrantes do cartel. 
Ouvido, Alckmin diz no final da reportagem:
"Eu não vi essa matéria, não li em nenhum lugar. Vou procurar me informar".

Jornal da Record - 14/02/201
Multinacionais estariam envolvidas em esquema de propina

EM CIMA DA HORA

SUPREMO ABSOLVE RÉUS DO "MENSALÃO" POR FORMAÇÃO DE QUADRILHA
A Tarde / Agência Brasil - 27/02/2014 - 11h19
STF absolve réus do mensalão de formação de quadrilha
 A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na manhã desta quinta-feira, 27, absolver oito réus condenados por formação de quadrilha na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Entre os beneficiados pela decisão estão ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-deputado José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério. O placar a favor da absolvição está em 6 a 1. Os votos de quatro ministros ainda serão proferidos
http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1572147-stf-absolve-reus-do-mensalao-de-formacao-de-quadrilha